quinta-feira, 11 de junho de 2009

Estudante cria mentira na Wikipedia e engana grandes jornais

Olá queridos alunos,

Vejam sobre o perigo de apurações rasteiras, apressadas e imprecisas. Fazer jornalismo baseado em internet não é o mais adequado, certo? Novamente destaco a importância das fontes!

Abraços, Solange

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Jovem criou citação logo após a morte do compositor Maurice Jarre.
Diversas publicações reproduziram a frase, sem checar veracidade.

Do G1, com informações da Reuters



“Quando eu morrer, haverá uma valsa de despedida tocando em minha cabeça, que só eu poderei ouvir”, teria dito o compositor Maurice Jarre, segundo diversos jornais que divulgaram sua morte, no final de março. A frase, no entanto, foi inventada por um estudante irlandês que a postou na Wikipedia em inglês, com o objetivo de mostrar o perigo de não checar as informações divulgadas na internet.


Shane Fitzgerald, 22, postou a frase na enciclopédia colaborativa imediatamente depois do anúncio da morte. O estudante de sociologia da Universidade de Dublin disse que, com isso, esperava que blogs e talvez alguns jornais utilizassem a frase. No entanto, não pensou que grandes publicações confiariam na Wikipedia, sem checar a informação nela divulgada.



“Eu estava errado. Bons jornais da Inglaterra, Índia, Estados Unidos e até Austrália usaram minhas palavras quando noticiaram a morte de Jarre”, escreveu Fitzgerald em um artigo divulgado nesta quinta-feira (7), no jornal “Irish Times”. Segundo a agência de notícias Reuters, o “Guardian” caiu na história e fez uma correção em seu obituário, dizendo que a frase tinha sido criada na Wikipedia e se espalhou por outros sites.


A citação inteira dizia: “pode-se dizer que minha vida foi uma grande trilha sonora. A música foi minha vida, me trouxe à vida e com música é como quero ser lembrado depois de deixar essa vida. Quando eu morrer, haverá uma valsa de despedida tocando em minha cabeça, que só eu poderei ouvir”. A frase já não aparece mais no verbete on-line.



“Era algo totalmente inventado, que não foi dito por Maurice Jarre, nem por ninguém. Os experimentos de ciência social sempre têm questões éticas, pelo fato de as pessoas serem usadas como cobaias. Não queria manchar ou distorcer a reputação de ninguém e, por isso, decidi divulgar uma frase que não afetaria a grandiosidade de Jarre”, escreveu o estudante.



Jarre compôs trilhas sonoras de filmes que fizeram a história do cinema, como "Lawrence da Arábia" (1962), "Doutor Jivago" (1965), e "Passagem para a Índia", (1984). Ele morreu aos 84 anos de idade, em Los Angeles (Estados Unidos).

sexta-feira, 29 de maio de 2009

29.05.2009

Olá, turma!

Hoje NAO haverá aula conforme falei em sala.

Levem o SEGUNDO texto pronto na próxima aula dia 05/06.

Combinado?


beijos
Prof. Solange

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Próximas atividades

Olá, turma!
Como estão as pautas? Teve aluno que ainda não entregou e nem mandou por e-mail.
Então, vamos aos avisos:
1. Quem já teve a pauta aprovada por mim pode começar as apurações.
2. Quem ainda não entregou a pauta impressa ou teve que refazê-la deve entregar impressa na próxima aula 24/04.
3. A aula de reposição é uma atividade simples, importante e necessária. Confiram no post abaixo (Documentário A história das Coisas)
4. O primeiro dead line para entrega dos textos apurados, um deles pelo menos, é 15 de maio. Ou seja, até essa data o aluno deverá me mostrar um dos três textos finalizado (Estarei no laboratório para orientações nos dias 24/04 e 08/05).
5. O segundo dead line (para o 2° texto pronto) é 05/06.
6. O último dead line (para entrega do 3° texto finalizado) é 19/06.
7. Depois do material todo entregue passaremos à fase de edição e de editoração da revista.
8. Estou procurando 4 alunos interessados em participar o conselho editorial (responsáveis pela organização das pautas, edição dos textos, fotos etc.) da nossa revista. Terão, obviamente, pontuação extra e um bÔnus surpresa. Candidatos deixem seu nome no comentário desta postagem.
9. Procuro também um aluno para editoração da revista.
10. Apesar da presença não ser obrigatória durante o bimestre, pois valerá a produção de material - redação de três textos - os alunos devem comparecer vez ou outra para orientação dos trabalhos.
11. Os prazos acima devem ser observados sob pena de prejuízo na matéria.
12. Vamos trabalhar!!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Falsa revista financiada por laboratório farmacêutico




Investigação da revista The Scientist aponta para uma publicação por demais suspeita, patrocinada pela indústria farmacêutica Merck, na gigante editorial de revistas científicas Elsevier

Rubens Pazza e Karine Frehner Kavalco escrevem para o “Observatório da Imprensa”:

Duvidar da eficácia, segurança e resultados divulgados pelas empresas farmacêuticas, sem qualquer base, pode ser taxado de extremismo. O caso em questão parece teoria da conspiração, mas, infelizmente, trata-se da mais pura verdade. Denunciada inicialmente há algumas semanas pelo jornal The Australian, uma investigação da revista The Scientist aponta para uma publicação por demais suspeita, patrocinada pela indústria farmacêutica Merck, na gigante editorial de revistas científicas Elsevier.

Cientistas, médicos e acadêmicos foram recrutados pela empresa farmacêutica Merck para endossar artigos que atestam a segurança do seu medicamento Vioxx. Este antiinflamatório, lançado em 1999 e usado por cerca de 80 milhões de pacientes, teve muito sucesso por ser eficiente e não causar problemas estomacais. No entanto, após várias denúncias de problemas cardíacos causados pelo seu uso, o produto foi retirado do mercado em 2004.

A denúncia da manutenção de um periódico destinado à promoção dos produtos da Merck veio à tona durante o julgamento da indústria, em processo por causa dos efeitos colaterais deste medicamento, e foi primeiro divulgada no jornal The Australian, no dia 9 de abril deste ano.

De acordo com a denúncia, a Merck, Sharp and Dohme Austrália (MSDA) teria patrocinado vários números de uma publicação da Exerpta Medica, uma subdivisão da gigante editorial Elsevier – a revista Australasian Journal of Bone and Joint Medicine. A revista não é indexada no Medline e não tem website.

Valor do patrocínio não foi revelado

No dia 30 de abril, a revista The Scientist publicou alguns trechos do depoimento do médico australiano George Jelinek, membro de uma associação de editores, que fez a análise das publicações.

No depoimento, Jelinek afirma que mesmo para muitos especialistas, os artigos publicados entre 2003 e 2004 parecem tratar de artigos científicos perfeitamente genuínos, que passaram por revisão aos pares, o método tradicional de publicações científicas.

No entanto, o médico afirma que "somente uma inspeção profunda das revistas, juntamente com o conhecimento das revistas e convenções de publicações médicas, permitiram que eu pudesse determinar que a revista não era, de fato, uma publicação médica avaliada por pares, mas sim, uma publicação de marketing para a Merck, Sharp and Dohme Australia (MSDA)".

Jelinek também notou que quatro dos 21 artigos do primeiro número da revista eram sobre o medicamento para osteoporose Fosamax (marca registrada de Merk, Sharp and Dohme Australia, certamente). No segundo número, dos 29 artigos, nove eram sobre o Vioxx e 12 sobre o Fosamax. Todos os artigos apontam conclusões positivas para os produtos da MSDA.

Outro caso interessante são alguns artigos de revisões publicados, contendo apenas uma ou duas referências, assinados por B & J editorial. Assume-se que B & J sejam as iniciais de Bone and Joint, parte do nome da referida revista. Trata-se de um mecanismo interessante para que os proprietários da revista exponham suas opiniões podendo passar despercebidos por leitores desavisados. Estas publicações podem ser caracterizadas como puro marketing, e nada de científico.

De acordo com as explicações da MSDA, a Elsevier compreende que esta seja uma publicação complementar que leva resumos e compilações de artigos publicados em outras revistas avaliadas por pares e publicadas pela editora, incluindo a respeitada revista Lancet.

Entretanto, a Elsevier afirma que não considera uma publicação de compilações como sendo uma revista científica. Embora não apareça em nenhum número da revista, tanto a Elsevier quanto a MSDA afirmam que a publicação era patrocinada pela MSDA, mas o valor não foi revelado.

"Teorias da conspiração"

Como se não bastasse esta revista, a Elsevier admitiu que publicou entre 2000 e 2005 seis revistas patrocinadas por indústrias farmacêuticas que pareciam ser revistas avaliadas por pares, mas não divulgavam o patrocínio.

A editora afirma estar reexaminando suas publicações após as denúncias de irregularidades, mas, embora tenha divulgado as revistas patrocinadas, não divulgou quais as empresas farmacêuticas eram patrocinadoras.

As publicações científicas sérias, avaliadas por pares, em geral podem ser de duas formas. Pagas por propagandas e assinatura das revistas e venda de reprints (excerto de determinado artigo individualmente); ou pagas pelos autores e liberadas ao público, em geral gratuitamente.

Não é incomum que as empresas patrocinem números suplementares em revistas indexadas e avaliadas por pares, com compilações de artigos publicados que sejam interessantes para ela, para que possam divulgar e distribuir tais artigos gratuitamente.

Essa prática está associada à divulgação da empresa, o que faz com que os leitores tenham em mente que se trata do "lado bom" dos resultados de seus produtos, não descartando um possível "lado ruim".

No entanto, o caso da Merck e das outras cinco publicações da Elsevier não passa de puro marketing, com o propósito de enganar os leitores, pela não divulgação de quem está patrocinando a publicação. Ou seja, tal prática pode fazer com que os leitores achem que não há um "lado ruim" no uso destes medicamentos.

É interessante que nada disso tenha sido divulgado pela imprensa brasileira. O que parece uma teoria da conspiração, neste caso, trata-se da mais pura verdade. E o silêncio da imprensa nacional pode reforçar as especulações com relação a outras teorias da conspiração envolvendo corporações...

(Observatório da Imprensa, 12/5)

sábado, 16 de maio de 2009

Algo sobre Fanzines


por Edgard Guimarães


O que é Fanzine?

De um modo geral o fanzine é toda publicação feita pelo fã. Seu nome vem da contração de duas palavras inglesas e significa literalmente 'revista do fã' (fanatic magazine). Alguns estudiosos do assunto consideram fanzine somente a publicação que traz textos, informações, matérias sobre algum assunto. Quando a publicação traz produção artística inédita seria chamada Revista Alternativa. No entanto, o termo fanzine se disseminou de tal forma que hoje engloba todo tipo de publicação que tenha caráter amador, que seja feita sem intenção de lucro, pela simples paixão pelo assunto enfocado.


Assim, são fanzines as publicações que trazem textos diversos, histórias em quadrinhos do editor e dos leitores, reprodução de HQs antigas, poesias, divulgação de bandas independentes, contos, colagens, experimentações gráficas, enfim, tudo que o editor julgar interessante.

Os fanzines são o resultado da iniciativa e esforço de pessoas que se propõem a veicular produções artísticas ou informações sobre elas, que possam ser reproduzidas e enviadas a outras pessoas, fora das estruturas comerciais de produção cultural.


O que não é Fanzine!

Obviamente as revistas profissionais que são vendidas nas bancas não são fanzines. O principal fator de diferenciação é uma conseqüência do fato de terem grandes tiragens e darem lucro. A revista profissional é feita em função de um mercado preexistente. Como precisa vender para se sustentar, a revista profissional tenta oferecer aquilo que uma parcela do público leitor quer, ou seja, a revista profissional é feita em função do leitor. O fanzine, ao contrário, é a forma de expressão do editor, ou grupo de editores. O que define a pauta do fanzine é aquilo que seu editor deseja compartilhar com seus leitores. O fanzine é caracterizado pela independência do editor. E uma das garantias desta independência é que muitas vezes o editor mantém o fanzine arcando com seus prejuízos.

Outra característica do fanzine é que este está intimamente ligado à atividade cultural, à sua divulgação e ao prazer de se estar envolvido nela. Os fanzines podem ser de música, poesia, cinema, quadrinhos, literatura etc. Não são fanzines os diversos boletins e informativos de associações comerciais, de ordens religiosas, de organizações e empresas diversas, mesmo que muitas vezes estes boletins sejam mantidos dando prejuízo.

Fanzine é revista, ou seja, uma publicação impressa em que cada leitor pode ter seu exemplar, como denota o 'magazine' que forma seu nome. Atualmente, com o desenvolvimento da tecnologia, a palavra fanzine já está sendo usada em trabalhos que não estão na forma de revista, mas que trazem o tipo de material encontrado nos fanzines impressos. É o caso de páginas na Internet ou CD-ROMs que são chamados de fanzine eletrônico.

Quando começou?

No Brasil, o primeiro fanzine de que se tem registro é o Ficção, criado por Edson Rontani, em Piracicaba (SP), em 1965. Nesta época usava-se o termo "boletim" para designar as publicações amadoras, o termo fanzine só começou a ser usado a partir de meados da década de 70. A motivação de Edson Rontani foi manter contato com outros colecionadores de revistas de quadrinhos para venda e troca de revistas. Mas já no primeiro número, Edson coloca diversos textos informativos e uma importantíssima relação das revistas de quadrinhos publicadas no Brasil desde 1905.


Por que fazer Fanzine?

Há vários motivos que levam uma pessoa a fazer um fanzine. O motivo que está na origem do surgimento do fanzine é o fato da pessoa ser fã de algum assunto (um personagem de HQ, um ídolo de cinema etc) e querer manter contato com outros aficionados. Às vezes, a iniciativa começa com a criação de um fã-clube que depois produz um boletim. Muitas vezes o editor deseja compartilhar com outros interessados o material de sua coleção. Alguns autores desejam divulgar sua própria expressão artística e o fanzine é o veículo. Muitas vezes, o autor não tem intenção de aumentar sua tiragem, mas sim produzir apenas para um círculo de amigos que tem interesse naquele tipo de manifestação artística. Outros autores buscam a profissionalização e o fanzine é o meio de mostrar seu trabalho para outras pessoas ou para os editores profissionais, e ao mesmo tempo um estímulo para produzir e aprimorar o trabalho. Em resumo, o editor precisa ter algo a dizer e a disposição para materializar este desejo na forma de fanzine, e contatar outras pessoas com interesses comuns.

Como fazer?

A produção de um fanzine abrange as etapas que começam com a iniciativa de editar, passa pelo trabalho de definir linha editorial, conseguir o material a ser editado, manter contato com colaboradores, montar a edição, conseguir a impressão, até chegar ao resultado final que é a edição impressa. A elaboração dos originais da edição depende principalmente da visão do editor, sua capacidade de criar, de contatar outros criadores, de organizar todo o material disponível. A edição será reflexo da formação cultural do editor. Todo tipo de material é válido para compor a edição (HQs, poesias, contos, fotos, ilustrações, colagens etc).

Obviamente, o resultado também dependerá dos recursos materiais que o editor tiver disponíveis, como máquina de escrever, computadores, scanners etc, mas estes não são os ingredientes mais importantes na feitura da edição. O que caracteriza primordialmente um fanzine é a personalidade que seu editor lhe imprime.


Álbum pode ser Fanzine?

Embora, de um modo geral, os fanzines sejam edições mais modestas quanto à forma, pois dificilmente seu editor tem recursos financeiros para custear edições mais caras, regularmente aparecem verdadeiros álbuns no meio independente. A apresentação com alta qualidade gráfica não descaracteriza o fanzine, pois continua sendo uma edição feita com espírito independente.

Há pirataria em Fanzine?

Uma característica bastante presente nos fanzines é a republicação de material de outras publicações. A maior incidência é de histórias em quadrinhos antigas retiradas de revistas das décadas passadas, histórias em quadrinhos estrangeiras não publicadas no Brasil, textos e reportagens tirados de revistas, livros e jornais antigos ou atuais etc. Esta atitude poderia ser chamada de pirataria, e muitos editores até se referem a ela por este nome, pois o termo tem um apelo romântico desde os romances de corsários de séculos atrás. Assim o nome "pirata" tem aparecido em títulos de fanzines, nomes de seções e mesmo em pseudônimo de editor. No entanto, para desilusão dos românticos, esta atitude dos editores não tem nada de contravenção. A edição de fanzines não é uma atividade em que o editor, ao republicar material de autoria de outros, estivesse obtendo benefícios às custas destes trabalhos. Pelo contrário, são raros os fanzines em que a receita consiga alcançar a despesa, sendo que muitas vezes a distribuição dos exemplares é gratuita para um círculo de amigos. O que move o editor de fanzine é o desejo de compartilhar com outras pessoas todo tipo de material a que teve acesso e que considera importante a divulgação a outros interessados. Dentro deste espírito, muitas vezes o editor realiza verdadeiras expedições arqueológicas para trazer a público, ainda que infelizmente a um público muito reduzido, verdadeiros tesouros perdidos em publicações há muito esquecidas. O ponto central da questão é que os fanzines, de forma desinteressada, têm feito um serviço de resgate e difusão de aspectos da cultura muitas vezes negligenciados tanto pelas empresas editoras quanto pelos órgãos governamentais.

Qual a importância dos fanzines?

A primeira e maior importância dos fanzines é a cultural. Ou seja, os fanzines, de um jeito ou de outro, em maior ou menor grau, serão incorporados à cultura brasileira. Também é importante para a formação e amadurecimento de artistas. Nos aspectos crítico e informativo, a liberdade criativa dos fanzines permite a veiculação de trabalhos mais isentos e com maior profundidade. Muito importante é a iniciativa de resgate de trabalhos e autores brasileiros e estrangeiros feito pelos editores de fanzine. A inexistência de um mercado profissional estável para o quadrinhista brasileiro desestimula tanto a produção dos artistas já maduros quanto o desenvolvimento de novos talentos na área. Os fanzines têm promovido, mesmo que de forma bastante limitada, a produção de quadrinhos brasileiros através do incentivo da publicação, mesmo não remunerada e de alcance restrito. Por fim, são também importantes a satisfação pessoal dos editores e colaboradores de estarem divulgando seus trabalhos, ou a ampliação de amizades entre os que participam desse mundo dos fanzines.

Qual a qualidade dos fanzines?

A avaliação de fanzines não pode ser feita usando os mesmos critérios usados para avaliar trabalhos veiculados nas publicações profissionais. Muitas vezes o fanzine é uma obra extremamente pessoal, feita seguindo diretrizes muito próprias do editor e dirigida a um grupo específico de leitores. Com tantas especificidades, a obra está fora da capacidade de apreciação de quem não pertença ao grupo. Em alguns casos, o Fanzine é resultado da expressão de pessoas muito jovens, cujos trabalhos não têm maturidade artística, e não seria honesto avaliá-los pelos mesmos critérios usados nos trabalhos profissionais. Ao contrário, a atitude a ser tomada em relação a quem está procurando achar seu caminho artístico, aprendendo e evoluindo, deve ser de orientação e principalmente incentivo. Há, contudo, no meio independente, artistas completos, produzindo trabalhos que resistem à avaliação segundo critérios profissionais, tanto que uma parcela significativa das melhores HQs e revistas produzidas no Brasil nos últimos trinta anos se encontram no meio independente.

Quem é o autor?

EDGARD GUIMARÃES colabora com fanzines desde 1979 com textos sobre quadrinhos, cartuns, ilustrações e HQs. Em 1982, lançou o primeiro número de seu fanzine PSIU. Nos anos seguintes publicou outras edições como PSIU Mudo, Deus, Eco Lógico, os livretos Na Ponta da Língua e O Escroteiro Entrevistado (em parceria com Laudo), os livros Rubens Lucchetti & Nico Rosso e Desenquadro. A partir de 1993, começou a editar junto com Worney A. Souza o Informativo de Quadrinhos Independentes, de divulgação de fanzines. Fez palestras e participou de debates sobre fanzines e HQs em eventos em Curitiba, Piracicaba, Araxá, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Santos, Recife e Belo Horizonte. Recebeu o Troféu Risco pelo 'Melhor Fanzine Especial' em 88, o Prêmio Jayme Cortez, de incentivo aos quadrinhos, em 93, 94, 95, 96 e 99, e o Troféu Angelo Agostini de 'Melhor Fanzine' em 95, 96, 97 e 99. Participou do livro As Histórias em Quadrinhos no Brasil - Teoria e Prática, com texto teórico sobre fanzine.


Matéria publicada em 01/03/2000 - Edição Número 7
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Veja também sobre fanzines:
Blog de Nina Flores

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Folha financia projetos de pesquisa sobre jornalismo

10/05/2009 - 20h31
Folha seleciona projetos de pesquisa sobre jornalismo
da Folha de S.Paulo

A Folha dá início a um concurso para incentivar pesquisas sobre a história do jornalismo brasileiro. Chamado de Folha Memória, o programa selecionará três projetos de pesquisa e premiará seus autores com uma bolsa de R$ 2.300 mensais --mediante reembolso de despesas.

Nos seis meses em que receberão essa ajuda de custo, os candidatos selecionados deverão conduzir sua pesquisa com rigor acadêmico e transformá-la em um texto de interesse geral e caráter jornalístico. Eles serão orientados por um jornalista da Folha.

O melhor dos três trabalhos será publicado em livro editado pela Publifolha, e seu autor ganhará um laptop.

No concurso, que tem patrocínio da Pfizer, a história do jornalismo deve ser entendida em sentido amplo --ou seja, podem ser investigados fenômenos de qualquer época do jornalismo do país.

Os projetos também não precisam se restringir ao estudo de nenhum meio jornalístico específico --podem ser estudados veículos impressos, on-line etc.

Poderá inscrever seu projeto quem estiver cursando ou tenha concluído graduação em qualquer universidade brasileira. Só será aceita a inscrição de um projeto por pessoa e as pesquisas devem ser individuais.

Inscrição e seleção

A inscrição deve ser feita no site http://folhamemoria.folha.com.br/, até o dia 28 de junho. Ao se inscrever o candidato preenche uma ficha à qual anexará o projeto de pesquisa. No site está também regulamento detalhado do concurso.

A seleção passa por três fases. Na primeira, 30 projetos finalistas serão selecionados pela Folha e encaminhados para uma banca composta pela historiadora Isabel Lustosa, da Fundação Casa de Rui Barbosa, pela jornalista Renata Lo Prete, editora do Painel, e por Silvia Prevideli, consultora em Comunicação Corporativa da Pfizer. Essa banca escolherá os três contemplados com as bolsas, cujos nomes serão divulgados em 9 de agosto.

A partir do dia 10 de agosto, os três bolsistas devem começar a trabalhar na pesquisa, cujo resultado final deverá ser entregue seis meses mais tarde a uma outra banca.

Nessa etapa, os avaliadores serão Eleonora de Lucena, editora-executiva do jornal, Nicolau Sevcenko, professor de história da USP, e Cristiane Santos, gerente de Comunicação Corporativa da Pfizer. Eles vão escolher o trabalho vencedor, que será divulgado em 2010.

domingo, 12 de abril de 2009

5º Concurso Universitário de Jornalismo CNN


As inscrições para o 5º Concurso Universitário de Jornalismo CNN começaram no dia 24 de março e podem ser feitas até dia 29 de junho de 2009. O tema deste ano é “O uso da tecnologia no desenvolvimento social'.

A novidade de 2009 é que o estudante poderá enviar o vídeo de até 2 minutos pelo YouTube, sendo que ele poderá produzir quantas matérias quiser.
O concurso é válido somente para estudantes de jornalismo.O ganhador conhecerá os estúdios da CNN International, além de ter sua matéria exibida pelo canal.


As inscrições podem ser feitas no site: http://www.concursocnn.com.br/


Acompanhe ainda as novidades no Blog: http://www.concursocnn.com.br/2009/blog/

Mais informações com Patricia Perez pelo telefone: (11) 3711-8131 ou pelo e-mail patricia@ichimps.com.br
Participem!!

domingo, 29 de março de 2009

A história das coisas



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Assista ao vídeo e faça uma resenha crítica, apontando soluções que VOCÊ poderia tomar a curto, médio e longo prazo.

Cite ainda algumas políticas governamentais que você julga importantes, a partir do conteúdo explanado sobre "A hitória das coisas".

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Veja aqui o site sobre o documentário

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Este exercício será considerado como reposição da aula do dia 17/04, valerá nota, e deve ser postado até a respectiva data.

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sábado, 28 de março de 2009

sugestões de pauta

Queridos,

postem aqui sugestões de pauta para nossa revista de saúde e meio ambiente.

bjs
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update:

CADA aluno deverá individualmente (valendo nota) entregar TRÊS sugestões de pauta na aula do dia 27/03/2009 contendo, cada uma, os itens abaixo:


1) Cabeçalho: Onde devem estar contidos o nome do redator, a data em que foi elaborada a pauta, a retranca (duas palavras que indiquem o tema da pauta) e a fonte (de onde foram tiradas as informações para a pauta).

2) Tema: Sobre o que se trata a pauta.

3) Histórico/Sinopse: Você deverá escrever em poucas linhas (média de 15 linhas) em linguagem radiofônica um resumo dos fatos que levaram esse tema a se justificar como assunto de uma pauta jornalística. Esse material é muito importante para situar o repórter e porque poderá ser utilizado por ele para o lide e/ou cabeça da matéria. Para reportagens especiais pode-se inserir mais informação.

4) Enfoque/Encaminhamento: Qual será o direcionamento a ser dado na matéria, ou seja, com base no histórico exatamente o que o pauteiro quer que seja desenvolvido pelo repórter. Indique para o repórter. Este item é que irá definir as suas sugestões de perguntas.

5) Fontes: Para se obter as informações sobre o tema da matéria é fundamental que o pauteiro apresente as fontes para a reportagem, ou seja, as pessoas que serão entrevistadas pelo repórter. Nesse caso, além do nome e do cargo/função da pessoa, deve constar na pauta o endereço e todos os telefones possíveis para contato.

6) Sugestões de perguntas: Como o nome já dia são sugestões a serem seguidas pelo repórter. Mas lembre-se uma pauta não é uma camisa de força. O repórter tem toda liberdade de questionar o entrevistado sobre outras questões que considerar importante naquele momento.

7) Anexos: Caso o pauteiro tenha feito alguma pesquisa ou possua recorte de jornal/revista ou texto retirado da internet poderá anexar na pauta.

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Lembretes:

a) As pautas que serão apresentadas (impressas) na próxima aula 3/4 devem seguir ao planejamento: uma grande reportagem, uma matéria simples informativa, um texto alternativo.

b) A grande reportagem deve ter no mínimo 3 especialistas/fontes e 3 personagens/exemplos. A apuração deverá ser criteriosa e aprofundada em relação ao tema. O texto final, editorado com fotos, deverá ficar entre 3 e 8 páginas.

c) A matéria simples, de cunho informativo, não ultrapassará uma página (com foto ou ilustração).

d) O terceiro texto, "alternativo", pode ser de gênero variado. São eles: linha do tempo, perfil, entrevista, ping-pong, crônica, conto, charge, foto-legenda, coluna, artigo, tirinhas/quadrinhos, poesia, cordel... desde que tratem de assuntos relacionados à saúde ou ao meio ambiente.

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postem aqui as PAUTAS para aprovação.

Fontes: apuração, veracidade, credibilidade e poder

Segundo a wikipédia, em Jornalismo, as fontes são pessoas individuais ou colectivas e documentos por meio dos quais os jornalistas tomam conhecimento de informações ou opiniões e verificam o rigor dos dados obtidos ou aferem a veracidade dos juizos de valor que lhes foram dados.

Os jornalistas raramente estão em condições de assistir a um acontecimento em primeira-mão, por isso necessitam de fontes. Mesmo quando estão em directo num acontecimento necessitam de recorrer a uma fonte para se certificarem do que está a ser dito. Assim, existem diferentes patamares pelos quais a informação chega até ao jornalista: através de rotinas, processo informal, iniciativas.
Tipos de fontes

Fontes oficiais: políticos governamentais, empresários, líderes religiosos
Fontes não oficiais: ONG’se, sindicatos, anônimos

Neste processo de estudo, mais de metade das fontes, 78%, são oficiais. Pessoas desconhecidas raramente aparecem nas notícias a não ser que estejam veiculadas a uma instituição. Os repórteres preferem as fontes conhecidas e quando não existem iniciam um processo de criação


Interpretações

Entre os autores que estudam as relações entre os jornalistas e as fontes de informação, está David Berlo (Nova York, 1960). Segundo ele, há quatro factores que podem aumentar a fidelidade/eficácia das fontes:

1) As suas habilidades comunicacionais - (Escrita, palavra, leitura)
2) As suas atitudes no dia-a-dia: para consigo, para com o assunto, para com os outros… Positividade é benéfica; a fonte deve dominar o assunto sobre o qual está a falar.

3) O seu nível de conhecimento: conhecimento profundo da instituição em que o assessor trabalha, domínio da mensagem que vai transmitir.

4) A sua posição dentro do sistema sócio-cultural. O meio em que vivemos pesa na forma como se constrói a mensagem. De acordo com o contexto age-se de forma diferente.

Já Molotch e Lester, em “A Fonte como Promotor” (EUA, 1974), identificam 4 tipos de acontecimentos:

1) Rotina – acontecimentos partidários e administrativos. Maior concentração de notícias origem no acesso estruturado
2) Acidentes
3) Escândalos
4) Acaso
Eles também separam três níveis de construção da notícia:

1) Os promotores surgem como interessados na divulgação do acontecimento para uso do público;
2) Os jornalistas recebem a informação e publicam-na. Transformam a ocorrência em acontecimento público através da emissão.
3) Os leitores que observam os acontecimentos tornados visíveis pelos órgãos de comunicação e criam um “reconhecimento público”

Leon Sigal (1979) conclui que a notícia não é aquilo que os jornalistas pensam, mas o que as fontes dizem. Para ele, as fontes são:

1) Organizações noticiosas
2) Rotinas jornalísticas
3) Convenções: onde está convencionado que está o debate nesse dia, conjunto de impulsos que existem na agenda mediática “todos falam do natal”

A socióloga da comunicação Gaye Tuchman diz no livro "Making News" (Londres, 1971) que os jornalistas integram uma estrutura social e cobrem temas de interesse para a sociedade em que estão inseridos. O jornalismo é uma prática rotineira de hábitos civilizacionais.
O jornalista está limitado no acesso à informação quanto:

1) Ao tempo – ritmo diário e não-diário
2) Espaço
3) Territorialidade
4) Especialização organizativa (se é rádio ou tv)
5) Especialização temática
6) Tipificação das notícias
7) Notícias do dia
8) Interesse humano
9) Temáticas
10) De continuidade
11) De desenvolvimento

O valor da fonte é tanto maior quanto for a capacidade de encaixe nesses valores. Induz ao conceito de negociação entre jornalista e editor na prevalência da fonte.

Pela teoria da definição ou conspiratória, é a fonte quem define o que é notícia. O acadêmico jamaicano Stuart Hall, especialista em estudos culturais, considera em “O Primeiro Definidor” (EUA, 1978) que os órgãos de comunicação social tendem a reproduzir a estrutura existente no poder, na ordem institucional da sociedade pois dão preferência aos definidores primários, aos porta-vozes.

Ele identifica quatro tipos de autoridade:

1) Fonte institucional
2) Fonte de poder ou de autoridade
3) Fonte política
4) Fonte sofisticada ou especializada (assessores)


Hall demonstra-se preocupado e diz que é importante haver mais jornalismo de investigação. Também há fontes não conhecidas, anônimas, que têm de desencadear processos espectaculares ou protagonizar algo que fuja à rotina para estar nas notícias.



O americano Herbert Gans, nos livros "Deciding What’s News" e "Negócio na Relação Fonte–Jornalista" (EUA, 1979), estudou o comportamento dos jornalistas na CBS, NBC, Time e Newsweek.

Definiu três tipos de fontes informativas:

1) Institucionais
2) Oficiais ou estáveis
3) Provisórias


O jornalista não se pode dar ao luxo de romper com um assessor sem mais nem menos porque precisa dele. Dois grupos de fontes quanto à sua utilização: fontes passivas e fontes activas.

Distingue entre jornalistas:

a) Especializados mais proximidade com as fontes. Cria relação de obrigações recíprocas (jornalista tem acesso a informação privilegiada, mas depois sente-se na obrigação de publicar assuntos de interesse para a fonte)

b) Não especializadosrecorrem a fontes oficiais por falta de tempo e ocupam-se de acontecimentos diferenciados.


Conjunto de factores que levam à negociabilidade na criação/construção da notícia:

* Incentivos – press, comunicados, conferências, inaugurações, …
* Poder da fonte – maior poder do assessor de uma câmara
* Capacidade de informação credível – quantidade e qualidade
* Proximidade social e geográfica – de acordo com o enquadramento do meio.

Cinco factores de conveniência na utilização das fontes:

*Oportunidade antecipada/revelada
*Produtividade
*Credibilidade
*Garantia de qualidade
*Responsabilidade


Para Philip Schlesinger, (1992), a credibilidade e aceitabilidade das fontes são desiguais pois nem todas reúnem informação eficaz. Desigualdade no valor das fontes e no acesso noticioso.

Uma fonte não deve ser classificada como “oficial” e “não – oficial”, pois é simplista. A fonte é vista como factor/elemento que ocupa domínios sociais onde se exercem lutas no acesso dos meios de comunicação social. Fala de desigualdade do valor das fontes e no acesso noticioso. As fontes procuram moldar a informação na óptica da sua utilização pelos jornalistas.

Há uma relação directa entre “fontes de informação” e “informação eficaz” (igual).

Apresenta uma estratégia interna da fonte de informação:

1) Determinar uma mensagem bem definida, articulada segundo os melhores critérios de satisfação dos valores noticiosos
2) Determinar os media mais apropriados
3) Reunir o máximo de informação útil quanto possível; sucesso/aceitação
4) Prever ou neutralizar as reacções dos adversários

Em "A organização da fonte em situações de rotina de crise" (1984), Stephen Hess analisa as assessorias de imprensa e define as suas estratégias: aplicação da informação positiva e prática.

Para Hess, a crítica que os assessores manipulam as notícias é incorreta, pois a maior parte dos recursos vai para a recolha e pesquisa de informação ou para a satisfação dos jornalistas. Um dos requisitos mais importantes é saber gerir e dar respostas aos pedidos de informação – parte do tempo é dedicado à estratégia, como se vai agir, como se vai passar a mensagem. Se conseguir comunicar com o seu público sem intermédio dos media consegue mais objectividade, porque os meios de comunicação nunca dizem o que o assessor disse, a estratégia não passa necessariamente pelos media.

O princípio da assessoria é responder a todos, mas como gestão de tempo devemos responder primeiro aos mais importantes e assim sucessivamente. As assessorias de imprensa criam a informação ordenada que é diferente de informação controlada, mais uma vez por causa da gestão do tempo e de “espaço” nos media. Deve-se controlar, gerir a informação para conseguir os objectivos da mensagem que se quer passar.

Ex. os passos para a apresentação de uma obra ou edifico: ideia – concurso de ideias – apresentação do projecto – lançamento da primeira pedra – concurso da empreitada – início da obra – visitas à obra – inauguração.

VILLAFAÑE – 1987, ESPANHA

As notícias provêm da seguinte ordem de importância:

*Agenda/rotina;
*Ligadas a Governos;
*Agências noticiosas;
*Outras entidades.


Apresenta um conceito ambíguo de fonte informativa:

*Pessoa;
*Lugar;
*Documento;
*Meios de Comunicação Social;
*Instituição


Chamam fontes habituais de informação ao assessor porque são fontes regulares, também chamadas de estáveis.

Chamam fontes interessantes a pessoas ou instituições relevantes. Abandona a ideia do jornalista recorrer a agências para dar lugar aos intermediários que fornecem e trocam a informação mantendo a redacção ocupada.

ERICSON – “NEGOCIATION CONTROL”, 1989, CANADÁ

Procura perceber a diferença na identificação das fontes. A fonte exerce controle de informação quando selecciona a audiência, quando escolhe o meio de comunicação. As instituições ou fontes permitem aos jornalistas uma abertura que é contrária, “falsa”, porque acima de tudo querem é mantê-los aparentemente ocupados e próximos, controlando a informação através desse acesso controlado à informação.

Ele constrói uma forma de fazer a “abertura” aos jornalistas:

*Segredo (ausência absoluta de informação);
*Confidencial (já aparece alguma informação) – controlada;
*Censura (a informação) – apresenta uma abertura aparente, mas procura esconder os aspectos negativos;
*Publicitação (visibilidade através da publicitação positiva)


A fonte procura criar laços de confiança na busca de controlo e a proximidade facilita. Gerir informação não se limita ao segredo e censura, mas sim à forma como passar informação positiva e torná-la pública.

GUREVICH – 1982, EUA

A ambiguidade do conceito de fonte é criado por ele. Também cria a visão da instituição/grupo/organização como fonte.

Se a fonte é individual é avaliada pela noticiabilidade, se for grupo é pela autoridade e credibilidade.

*Individualmente: relacionado com a capacidade de o assessor fornecer informação noticiável

*Grupo: a credibilidade do partido/organização – mais uma vez leva à hierarquia das fontes.

O valor-notícia é distorcido de acordo com as fontes, o seu valor com a sua credibilidade. Também tem a ver com a capacidade de “vender” a mensagem a quem interessa, a quem é mais poderoso, mais influente.

CURRAN – 1996, LONDRES

Fala das pressões na produção jornalística em que as notícias são resultado do trabalho jornalístico nos recursos e políticas de gestão das empresas. Uma simples decisão sobre a locação do pessoal pode afectar a forma como a mensagem é passada. Aponta a pressão que os meios de comunicação social sentem dentro da própria redação (acima de tudo publicitária).

Repercussões que o poder exerce sobre os media:

1) Restrição à entrada no mercado (barreiras ideológicas dos grupos dominantes);
2) Concentração da propriedade dos meios de comunicação social;
3) Concentração dos meios e recursos dos jornalistas;
4) Pressões do mercado;
5) Peso econômico do grupo;
6) Censura à informação que agride as organizações que publicitam;
7) Rotinas e valores noticia que excluem fontes pouco influentes;
8) Convenções estéticas que tornam o indivíduo como “centro do mundo”;
9) Divisão desigual dos recursos;
10) Pressões dos grupos de poder do Estado.


MANNING – “SOURCES AND NEW SOURCES”, 2001, LONDRES

Paradoxo – as fontes profissionais têm muito poder, mas não conseguem impedir fugas de informação negativa do interior da sua organização. Apresenta a comunicação social como modelo de mobilização social – capacidade de gerar interesse público combatendo a apatia social. Por isso, os jornalistas estão numa posição “mesolevel” que lhes permite com facilidade influenciar a opinião pública.

Ele apresenta quatro problemas e perigos na sociedade capitalista:

1) Spindoctors (carga negativa que está a desaparecer)
2) Rotina estratificada (adaptada e apoiada nas novas tecnologias)
3) Fragmentação de acontecimentos (vários canais dos media e donos dos media que pioram o produto jornalístico porque o fragmentam de mais)
4) Concentração dos meios de comunicação social


Manning chega à conclusão de que as fontes não oficiais (como ONGs e sindicatos) cada vez mais entram nos meios de comunicação social porque passaram a usar as mesmas ferramentas das fontes oficiais. Os gabinetes de imprensa e os assessores mostram como tudo mudou, evoluiu desde Sigal.

Fonte: "http://pt.wikipedia.org/wiki/Fonte_(jornalismo)"

sexta-feira, 20 de março de 2009

Como fazer uma pauta...

A pauta é um dos itens principais do jornalismo. É a partir dela que o jornalista/repórter irá a campo buscar informações, apurar e iniciar a construção da reportagem. A pauta é a orientação do repórter e, por isso, deve ser muito bem feita.

A professora Joanita Mota Ataíde, da Universidade Federal do Maranhão, fez um resumo de definições sobre “pauta jornalística”:
1- Segundo Clóvis Rossi
DEFINIÇÃO: Instrumento de orientação para os repórteres e de informação para as chefias.
DISTORÇÕES:
1ª) Por ser elaborada principalmente em função do que os próprios jornais publicam, o que gera um círculo vicioso, pelo qual os jornais se alimentam;
2ª) No geral, reflete refletem a idealização das pessoas que permanecem nas redações e não daquelas que estão em contato direto com os fatos ou das pessoas geradoras das notícias;
3ª) É elaborada hoje, nos grandes jornais, por um pequeno grupo de profissionais.
4ª) Condiciona o repórter a obedecer aos quesitos previstos ou pedidos pelo pauteiro. - Pode ser contornada tal situação?
FORMA E CONTEÚDO: extensa, minuciosa, quase uma receita completa de como cada repórter deve fazer sua reportagem (indicações do que o repórter deve fazer, as pessoas que deve ouvir, que perguntas fazer).

2- Segundo Luiz Amaral
DEFINIÇÃO: ‘’...uma previsão dos acontecimentos que se desenrolarão no dia seguinte.’’

3- Segundo José Marques de Melo
DEFINIÇÃO: ‘’... roteiro destinado à pré-seleção das informações a serem publicadas.’’
CONTEÚDO: elenco de temas ou assuntos
indicação de ângulos através dos quais os acontecimentos devem ser observados e relatados.

4- Segundo Luciano de Moraes
CONTEÚDO: Ligeiro resumo do que constitui o objeto da matéria; roteiro das questões básicas; o enfoque pretendido sobre determinado assunto; dicas sobre aspectos desconhecidos ou interessantes do tema; questionamento dos pontos que são o objeto da reportagem.
LINGUAGEM: Crítica, irônica, instigante, brincalhona, dura na colocação dos pontos a serem questionados.
OBJETIVO: (um dos principais): Vender a matéria, estimular o repórter e/ou a chefia, espicaçando o espírito crítico de quem vai fazer a reportagem.

Já o site Focas na área traz um texto interessante sobre pauta e no final traça um “roteiro” dos itens fundamentais de uma pauta.

A pauta tem por objetivo oferecer o maior número de informações para o repórter que irá fazer a matéria. Como todos sabem, o repórter muitas vezes chega na redação para pegar as pautas e precisa sair correndo para produzir várias matérias. Assim, tendo em mãos uma pauta bem elaborada não terá dificuldades de produzir uma boa matéria.

A Pauta se constitui num dos grandes problemas para os estudantes de Jornalismo, às vezes até para profissionais tarimbados. Imagina-se que, pelo que posso observar no mercado, fazer uma Pauta nada mais é do que "CHUPAR" notícia de Jornal. Outros veículos como as televisões, as revistas e mais recentemente a internet, com todas as suas falhas, também entram na "CHUPANÇA". E isso não é verdade.

A CRIATIVIDADE do Repórter acaba sendo jogada no lixo por preguiça, falta de orientação ou má-fé, no duro. Saiba você que os outros veículos servem para uma reflexão do Repórter sobre tudo aquilo que está acontecendo no planeta - nada mais.

A Pauta tem que ter as características do veículo: texto claro, objetivo, curto, direto, conciso e sem informações óbvias. O profissional responsável pela Pauta precisa pensar numa abordagem diferente de um assunto que pode mudar o dia do cidadão.


Uma boa pauta deve ter, no mínimo:

1 - Um resumo dos acontecimentos (idéias) que são objeto da Reportagem.
2 - O que o Repórter terá que conseguir, ou seja, o que interessa ao Ouvinte.
3 - Como a emissora vai se posicionar em relação ao assunto.
4 - Fornecer todos os dados necessários para o Repórter: nome, cargo ou função das pessoas que serão entrevistadas, telefones, hora da entrevista, local, e-mail- sempre fornecer mais de uma fonte.

Lembre-se de uma coisa, a Pauta é o ponto de partida de uma boa Reportagem, nunca o meio ou o fim. Tudo o que foi planejado previamente na Pauta pode ser "derrubado" pelo Repórter caso outros fatos mais importantes estejam acontecendo.

Vale ressaltar que nem sempre uma Pauta de Jornal, revista ou Tv pode ser adaptada sem prejuízos ao Rádio. Procure elaborar o material de acordo com as características do veículo - pense na prestação de serviços, na sessão da Câmara, na visita do Presidente.

Por último: uma boa Pauta deve ter no máximo dez linhas, de preferência com texto manchetado, para facilitar a vida do Repórter.

A sugestão de Pauta apresentada aqui não serve para programas jornalísticos (produção), apenas para Reportagem.

Atenção: como o Pauteiro já se tornou uma peça rara nas Redações, o Repórter é o próprio Pauteiro.

As pautas devem conter os seguintes itens:

1) Cabeçalho: Onde devem estar contidos o nome do redator, a data em que foi elaborada a pauta, a retranca (duas palavras que indiquem o tema da pauta) e a fonte (de onde foram tiradas as informações para a pauta).

2) Tema: Sobre o que se trata a pauta.

3) Histórico/Sinopse: Você deverá escrever em poucas linhas (média de 15 linhas) em linguagem radiofônica um resumo dos fatos que levaram esse tema a se justificar como assunto de uma pauta jornalística. Esse material é muito importante para situar o repórter e porque poderá ser utilizado por ele para o lide e/ou cabeça da matéria. Para reportagens especiais pode-se inserir mais informação.

4) Enfoque/Encaminhamento: Qual será o direcionamento a ser dado na matéria, ou seja, com base no histórico exatamente o que o pauteiro quer que seja desenvolvido pelo repórter. Indique para o repórter. Este item é que irá definir as suas sugestões de perguntas.

5) Fontes: Para se obter as informações sobre o tema da matéria é fundamental que o pauteiro apresente as fontes para a reportagem, ou seja, as pessoas que serão entrevistadas pelo repórter. Nesse caso, além do nome e do cargo/função da pessoa, deve constar na pauta o endereço e todos os telefones possíveis para contato.

6) Sugestões de perguntas: Como o nome já dia são sugestões a serem seguidas pelo repórter. Mas lembre-se uma pauta não é uma camisa de força. O repórter tem toda liberdade de questionar o entrevistado sobre outras questões que considerar importante naquele momento.

7) Anexos: Caso o pauteiro tenha feito alguma pesquisa ou possua recorte de jornal/revista ou texto retirado da internet poderá anexar na pauta.

A wikipédia ressalta que apesar de ser detalhada e repleta de orientações editoriais, a pauta não é rígida: o repórter pode modificar abordagens, sugerir outros entrevistados e até mudar completamente a natureza da reportagem que irá produzir levando em conta os acontecimentos factuais que presenciar depois de sair da redação em busca da notícia.

Formação da pauta
Dependendo do veículo de informação, a pauta pode ser elaborada de forma diferente, mas, em sua essência, constitui de cinco pontos. Uma pauta geralmente é montada seguindo os seguintes tópicos:

Histórico
O histórico é o que situa o repórter no cenário da reportagem a ser desenvolvida. Antes de abordar o assunto, esta parte da pauta trata do que o assunto é e o que foi. Se a pauta tratar de algum evento em uma determinada guerra, o histórico informa o repórter da guerra em si, de suas causas, como começou e quando, até o presente próximo. Esta informação pode ser ao repórter dada no início para orientá-lo na apuração mas, no texto, em geral vem no fim ou em separado (num "box", se for em mídia impressa, ou "pé" da matéria, se for rádio ou TV).

Matéria
Nesta seção, o encarregado de confeccionar a PAUTA fala exatamente do que o repórter irá tratar. Se a pauta tratar de algum acontecimento em uma guerra, a matéria é o acontecimento. Uma explosão, um ataque, um atentado.

Abordagem
É o que marca a individualidade da matéria. Dois jornais podem falar sobre o mesmo assunto, só que sob abordagens diferentes. Ainda no exemplo do acontecimento numa guerra, o repórter pode abordar uma explosão como um feito de represália dos povos ocupados. Já outro jornal pode abordar o fato como um acidente.

Fontes
Nesta seção são sugeridas pessoas com quem o repórter poderá falar para enriquecer sua reportagem. Vão desde fontes oficiais, como prefeitos e vereadores, até fontes independentes, como advogados ou executivos, até povo-fala, onde populares são indicados à dar sua opinião sobre o assunto. É conveniente que se coloque telefones, emails e outros meios de contato com as fontes, para que informações possam ser checadas mais tarde, durante a edição da matéria jornalística.

Imagens
Se tratar-se de uma pauta de telejornal, nesta seção o cinegrafista tem orientações do que mostrar e sob qual ângulo. Se tratar-se de uma pauta de jornal impresso, esta seção informa o fotógrafo sobre o que fotografar e como.

Pauteiro
No jornalismo, chama-se de pauteiro o profissional que, dentro de uma redação, tem a função de decidir o que será noticiado. Cabe a ele elaborar a pauta do dia, isto é, os assuntos que os repórteres deverão sair para apurar (investigar). O pauteiro geralmente à redação chega mais cedo que os demais colegas (às vezes de madrugada) e seleciona, desenvolve e planeja as coberturas que serão atribuídas a cada repórter ou redator.

Comumente, um pauteiro recebe telefonemas, e-mails e cartas do público dando sugestões de pauta.

_______________

Quanto à pauta para o jornalismo on-line, encontramos o seguinte texto:

A pauta deve contemplar as especificidades da comunicação na Internet sem deixar de lado as exigências da pauta jornalística tradicional.
Toda pauta é um planejamento da produção da matéria. No caso da notícia para a internet, é preciso prever como será a utilização dos aspectos característicos desta tecnologia, tais como a construção hipertextual do conteúdo, os recursos multimídia utilizados e as oportunidades de interação oferecidas ao público.
Desta forma, a jornalista Luciana Moherdaui, no livro “Guia de Estilo Web” propõe um modelo de pauta capaz de planejar também a produção e publicação deste elementos.Sengundo a autora a pauta tradicional seria composta por:

1. Tema e questão central – a proposta da pauta;

2. Encaminhamento;

3. Roteiro de perguntas a serem respondidas;

4. Itens relevantes a serem abordados;

5. Perfis ou pontos de vista contemplados;

6. Histórico e informações adicionais;

7. Elenco de fontes a serem utilizadas;

Note que os itens de 3 a 6 podem servir para prever como ficará a estrutura hipertextual da matéria, visto que cada elemento pode ser publicado em um bloco de informações em separado.
Mas a pauta para a internet exige outro tipo de definições, por exemplo aquelas relativas à produção e disponibilização de informação multimídia:

8. Que recursos multimídia serão utilizados? Os arquivos em audio captados pelo jornalista ficaram disponíveis juntamente ou não com uma transcrição, ou uma lista de destaques da entrevista. E as fotos, e vídeos…

9. Serão criados mapas interativos ou infografias em geral? Neste caso trata-se de um processo mais complicado e que foge à autonomia do jornalista, é necessário mobilizar profissionais e recursos caros, enfim um esforço de produção muito maior.

Outro aspecto que não pode faltar é a construção hipertextual:

10. Chamada de capa + links internos e externos.

11. Notícias relacionadas e anteriores.

Pode causar surpresa que a chamada apareça tão cedo e sem a interferência do editor, mas a proposta se justifica quando se considera a importância de estruturar o conteúdo em hipertexto, do qual a chamada é o elemento de entrada. Por esta razão pensar a estrutura implica pelo menos uma proposta para este primeiro elemento.

Por fim não poderia faltar:

12. Interação com o público; será disponibilizada enquete, link para bate-papos, foruns de pergunstas…

Em resumo, a pauta para o meio digital corresponde a uma adaptação da pauta tradicional às especificidades da hipermedia.

Veja um quadro resumo:

1. Tema e questão central ou proposta da pauta;

2. Encaminhamento;

3. Roteiro de perguntas a serem respondidas;

4. Itens relevantes a serem abordados;

5. Perfis ou pontos de vista contemplados;

6. Histórico e informações adicionais;

7. Elenco de fontes a serem utilizadas;

8. Que recursos multimídia serão utilizados? Os arquivos em audio captados pelo jornalista ficaram disponíveis juntamente ou não com uma transcrição, ou uma lista de destaques da entrevista. E as fotos, e vídeos…

9. Serão criados mapas interativos ou infografias em geral? Neste caso trata-se de um processo mais complicado e que foge à autonomia do jornalista, é necessário mobilizar profissionais e recursos caros, enfim um esforço de produção muito maior;

10. Chamada de capa + links internos e externos;

11. Notícias relacionadas e anteriores.

12. Interação com o público; será disponibilizada enquete, link para bate-papos, foruns de pergunstas…


Com base no livro: MOHERDAUI, Luciana . Guia de Estilo Web - Produção e Edição de Notícias On-Line. 3. ed. São Paulo: Senac, 2007.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Saúde e meio-ambiente

Olá, turma!!!

Bem-vindos à etapa prática.

Vamos definir nossa revista para o semestre e nossa pauta.

Para isso, juntem-se em duplas, tracem o perfil do público, objetivos da publicação, linguagem, formato, periodicidade, nome da revista, possíveis anunciantes etc. Não se esqueçam que o tema é saúde e meio ambiente, certo?

Postem nos comentários desta mensagem as considerações feitas pela dupla e assinem!

beijinhos e mãos no teclado!

Solange


p.s. no segundo momento, pesquisem na internet sites e revistas sobre o tema e coloquem, também, nos comentários da postagem - sugestão de pauta - os resultados da pesquisa feitos por vocês.

sábado, 7 de março de 2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

Atividade: visitando uma banca

Registra a wikipédia que as bancas de jornal e os jornaleiros são a última etapa da cadeia de produção e distribuição dos produtos de jornalismo impresso e editoriais.
Nas grandes cidades brasileiras, as bancas são quiosques de venda de publicações periódicas, instaladas em pontos estratégicos como esquinas e avenidas de grande movimento.
Nos EUA, por outro lado, a maior parte dos jornais é vendida em máquinas automáticas acionadas com moedas. Em alguns outros países, os jornais e revistas são vendidos em livrarias, tabacarias, charutarias, bombonieres e outras lojas específicas.


Os jornaleiros (ou gazeteiros), que vendem exemplares avulsos na rua, costumam trabalhar pelo sistema de consignação, recebendo comissão percentual ao valor de cada jornal ou revista vendido e devolvendo à distribuidora ou editora os exemplares não vendidos ("encalhados").

Os produtos mais comumente vendidos em bancas de jornal são, entre outros:

jornais - revistas - revistas de histórias em quadrinhos ou gibis - álbuns de figurinhas e seus respectivos cromos colecionáveis

Recentemente, a estratégia de marketing das editoras e jornais tem incluído a comercialização conjunta de produtos de valor agregado e colecionáveis — como CDs e DVDs, ou até mesmo atlas e enciclopédias encartados em fascículos —, que vêm incluídos no preço da publicação ou que podem ser adquiridos opcionalmente por um custo adicional. Em certos casos, a receita da venda destes produtos não vai para o jornaleiro, e sim para a editora.


Bancas de jornal também costumam vender outros artigos de pequeno valor não-relacionados a publicações, como isqueiros, cigarros, cartões telefônicos e pilhas.


Uma tendência que vem crescendo na Europa e em outros países do Primeiro Mundo é a distribuição gratuita de jornais, em metrôs e supermercados. Estes jornais são mantidos exclusivamente pela receita publicitária, em lugar da venda. Nestes casos, as bancas são dispensáveis para a circulação, o que às vezes atrai a antipatia por parte dos jornaleiros contra estas publicações.


Além das bancas de jornal, as publicações editoriais ou periódicas têm como alternativa para distribuição também os sistemas de assinatura ou subscrição.


No Brasil, o Dia do Jornaleiro é instituído no dia 15 de novembro.
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Exercício proposto:
Visite uma banca de jornais/revistas e faça uma "pesquisa-experiência" nela.
Aguce a curiosidade e veja quais publicações estão em detaque, converse com o jornaleiro e saiba das revistas mais procuradas, investigue o tipo de leitor/consumidor que frequenta o estabelecimento, vivencie esta visita e narre aqui (nos comentários) sua experiência.
Diga os pontos que mais lhe chamaram à atenção durante a pesquisa e o por quê.
Não se esqueça de assinar a postagem.
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Prazo: Sexta-feira 06/03/2009 - atividade avaliativa
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Aviso: próxima aula

Oi galera!

Conforme prometido venho trazer notícias:

HAVERÁ aula na próxima sexta-feira (27/02), na qual faremos um debate (valendo nota) sobre o livro Jornalismo de Revista (Marilia Scalzo).

Não se esqueçam de levar a resenha para entregar (impressa ou manuscrita).

beijinhos e até lá

Solange

p.s. quem estiver com dificuldades de abrir o link para fazer a linha do tempo (história das revistas) tente por aqui.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Resenha resumo e resenha crítica

Olá, turma!

Na última aula surgiu a dúvida: como fazer uma resenha crítica?

Vamos lá, tem um Guia de Produção Textual da PUC-RS muito interessante.

Ele começa pelas definições e vai explicando até chegar aos exemplos. Vale conferir clicando aqui.

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E não se esqueçam da dica:


Resenha-resumo:
É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor.

Resenha-crítica:
É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica.

Agora um dos exemplos de resenha crítica citado no guia:

Um gramático contra a gramática


por Gilberto Scarton

Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino (L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de idéias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de aula.

Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática lingüística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".

O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação lingüística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e lingüística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos lingüistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante.

Essa fundamentação lingüística de que lança mão - traduzida de forma simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano; um processos espontâneo, automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si.

Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores - vítimas do ensino tradicional - e os professores de português - teóricos, gramatiqueiros, puristas - têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula.