domingo, 29 de março de 2009

A história das coisas



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Assista ao vídeo e faça uma resenha crítica, apontando soluções que VOCÊ poderia tomar a curto, médio e longo prazo.

Cite ainda algumas políticas governamentais que você julga importantes, a partir do conteúdo explanado sobre "A hitória das coisas".

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Veja aqui o site sobre o documentário

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Este exercício será considerado como reposição da aula do dia 17/04, valerá nota, e deve ser postado até a respectiva data.

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sábado, 28 de março de 2009

sugestões de pauta

Queridos,

postem aqui sugestões de pauta para nossa revista de saúde e meio ambiente.

bjs
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update:

CADA aluno deverá individualmente (valendo nota) entregar TRÊS sugestões de pauta na aula do dia 27/03/2009 contendo, cada uma, os itens abaixo:


1) Cabeçalho: Onde devem estar contidos o nome do redator, a data em que foi elaborada a pauta, a retranca (duas palavras que indiquem o tema da pauta) e a fonte (de onde foram tiradas as informações para a pauta).

2) Tema: Sobre o que se trata a pauta.

3) Histórico/Sinopse: Você deverá escrever em poucas linhas (média de 15 linhas) em linguagem radiofônica um resumo dos fatos que levaram esse tema a se justificar como assunto de uma pauta jornalística. Esse material é muito importante para situar o repórter e porque poderá ser utilizado por ele para o lide e/ou cabeça da matéria. Para reportagens especiais pode-se inserir mais informação.

4) Enfoque/Encaminhamento: Qual será o direcionamento a ser dado na matéria, ou seja, com base no histórico exatamente o que o pauteiro quer que seja desenvolvido pelo repórter. Indique para o repórter. Este item é que irá definir as suas sugestões de perguntas.

5) Fontes: Para se obter as informações sobre o tema da matéria é fundamental que o pauteiro apresente as fontes para a reportagem, ou seja, as pessoas que serão entrevistadas pelo repórter. Nesse caso, além do nome e do cargo/função da pessoa, deve constar na pauta o endereço e todos os telefones possíveis para contato.

6) Sugestões de perguntas: Como o nome já dia são sugestões a serem seguidas pelo repórter. Mas lembre-se uma pauta não é uma camisa de força. O repórter tem toda liberdade de questionar o entrevistado sobre outras questões que considerar importante naquele momento.

7) Anexos: Caso o pauteiro tenha feito alguma pesquisa ou possua recorte de jornal/revista ou texto retirado da internet poderá anexar na pauta.

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Lembretes:

a) As pautas que serão apresentadas (impressas) na próxima aula 3/4 devem seguir ao planejamento: uma grande reportagem, uma matéria simples informativa, um texto alternativo.

b) A grande reportagem deve ter no mínimo 3 especialistas/fontes e 3 personagens/exemplos. A apuração deverá ser criteriosa e aprofundada em relação ao tema. O texto final, editorado com fotos, deverá ficar entre 3 e 8 páginas.

c) A matéria simples, de cunho informativo, não ultrapassará uma página (com foto ou ilustração).

d) O terceiro texto, "alternativo", pode ser de gênero variado. São eles: linha do tempo, perfil, entrevista, ping-pong, crônica, conto, charge, foto-legenda, coluna, artigo, tirinhas/quadrinhos, poesia, cordel... desde que tratem de assuntos relacionados à saúde ou ao meio ambiente.

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postem aqui as PAUTAS para aprovação.

Fontes: apuração, veracidade, credibilidade e poder

Segundo a wikipédia, em Jornalismo, as fontes são pessoas individuais ou colectivas e documentos por meio dos quais os jornalistas tomam conhecimento de informações ou opiniões e verificam o rigor dos dados obtidos ou aferem a veracidade dos juizos de valor que lhes foram dados.

Os jornalistas raramente estão em condições de assistir a um acontecimento em primeira-mão, por isso necessitam de fontes. Mesmo quando estão em directo num acontecimento necessitam de recorrer a uma fonte para se certificarem do que está a ser dito. Assim, existem diferentes patamares pelos quais a informação chega até ao jornalista: através de rotinas, processo informal, iniciativas.
Tipos de fontes

Fontes oficiais: políticos governamentais, empresários, líderes religiosos
Fontes não oficiais: ONG’se, sindicatos, anônimos

Neste processo de estudo, mais de metade das fontes, 78%, são oficiais. Pessoas desconhecidas raramente aparecem nas notícias a não ser que estejam veiculadas a uma instituição. Os repórteres preferem as fontes conhecidas e quando não existem iniciam um processo de criação


Interpretações

Entre os autores que estudam as relações entre os jornalistas e as fontes de informação, está David Berlo (Nova York, 1960). Segundo ele, há quatro factores que podem aumentar a fidelidade/eficácia das fontes:

1) As suas habilidades comunicacionais - (Escrita, palavra, leitura)
2) As suas atitudes no dia-a-dia: para consigo, para com o assunto, para com os outros… Positividade é benéfica; a fonte deve dominar o assunto sobre o qual está a falar.

3) O seu nível de conhecimento: conhecimento profundo da instituição em que o assessor trabalha, domínio da mensagem que vai transmitir.

4) A sua posição dentro do sistema sócio-cultural. O meio em que vivemos pesa na forma como se constrói a mensagem. De acordo com o contexto age-se de forma diferente.

Já Molotch e Lester, em “A Fonte como Promotor” (EUA, 1974), identificam 4 tipos de acontecimentos:

1) Rotina – acontecimentos partidários e administrativos. Maior concentração de notícias origem no acesso estruturado
2) Acidentes
3) Escândalos
4) Acaso
Eles também separam três níveis de construção da notícia:

1) Os promotores surgem como interessados na divulgação do acontecimento para uso do público;
2) Os jornalistas recebem a informação e publicam-na. Transformam a ocorrência em acontecimento público através da emissão.
3) Os leitores que observam os acontecimentos tornados visíveis pelos órgãos de comunicação e criam um “reconhecimento público”

Leon Sigal (1979) conclui que a notícia não é aquilo que os jornalistas pensam, mas o que as fontes dizem. Para ele, as fontes são:

1) Organizações noticiosas
2) Rotinas jornalísticas
3) Convenções: onde está convencionado que está o debate nesse dia, conjunto de impulsos que existem na agenda mediática “todos falam do natal”

A socióloga da comunicação Gaye Tuchman diz no livro "Making News" (Londres, 1971) que os jornalistas integram uma estrutura social e cobrem temas de interesse para a sociedade em que estão inseridos. O jornalismo é uma prática rotineira de hábitos civilizacionais.
O jornalista está limitado no acesso à informação quanto:

1) Ao tempo – ritmo diário e não-diário
2) Espaço
3) Territorialidade
4) Especialização organizativa (se é rádio ou tv)
5) Especialização temática
6) Tipificação das notícias
7) Notícias do dia
8) Interesse humano
9) Temáticas
10) De continuidade
11) De desenvolvimento

O valor da fonte é tanto maior quanto for a capacidade de encaixe nesses valores. Induz ao conceito de negociação entre jornalista e editor na prevalência da fonte.

Pela teoria da definição ou conspiratória, é a fonte quem define o que é notícia. O acadêmico jamaicano Stuart Hall, especialista em estudos culturais, considera em “O Primeiro Definidor” (EUA, 1978) que os órgãos de comunicação social tendem a reproduzir a estrutura existente no poder, na ordem institucional da sociedade pois dão preferência aos definidores primários, aos porta-vozes.

Ele identifica quatro tipos de autoridade:

1) Fonte institucional
2) Fonte de poder ou de autoridade
3) Fonte política
4) Fonte sofisticada ou especializada (assessores)


Hall demonstra-se preocupado e diz que é importante haver mais jornalismo de investigação. Também há fontes não conhecidas, anônimas, que têm de desencadear processos espectaculares ou protagonizar algo que fuja à rotina para estar nas notícias.



O americano Herbert Gans, nos livros "Deciding What’s News" e "Negócio na Relação Fonte–Jornalista" (EUA, 1979), estudou o comportamento dos jornalistas na CBS, NBC, Time e Newsweek.

Definiu três tipos de fontes informativas:

1) Institucionais
2) Oficiais ou estáveis
3) Provisórias


O jornalista não se pode dar ao luxo de romper com um assessor sem mais nem menos porque precisa dele. Dois grupos de fontes quanto à sua utilização: fontes passivas e fontes activas.

Distingue entre jornalistas:

a) Especializados mais proximidade com as fontes. Cria relação de obrigações recíprocas (jornalista tem acesso a informação privilegiada, mas depois sente-se na obrigação de publicar assuntos de interesse para a fonte)

b) Não especializadosrecorrem a fontes oficiais por falta de tempo e ocupam-se de acontecimentos diferenciados.


Conjunto de factores que levam à negociabilidade na criação/construção da notícia:

* Incentivos – press, comunicados, conferências, inaugurações, …
* Poder da fonte – maior poder do assessor de uma câmara
* Capacidade de informação credível – quantidade e qualidade
* Proximidade social e geográfica – de acordo com o enquadramento do meio.

Cinco factores de conveniência na utilização das fontes:

*Oportunidade antecipada/revelada
*Produtividade
*Credibilidade
*Garantia de qualidade
*Responsabilidade


Para Philip Schlesinger, (1992), a credibilidade e aceitabilidade das fontes são desiguais pois nem todas reúnem informação eficaz. Desigualdade no valor das fontes e no acesso noticioso.

Uma fonte não deve ser classificada como “oficial” e “não – oficial”, pois é simplista. A fonte é vista como factor/elemento que ocupa domínios sociais onde se exercem lutas no acesso dos meios de comunicação social. Fala de desigualdade do valor das fontes e no acesso noticioso. As fontes procuram moldar a informação na óptica da sua utilização pelos jornalistas.

Há uma relação directa entre “fontes de informação” e “informação eficaz” (igual).

Apresenta uma estratégia interna da fonte de informação:

1) Determinar uma mensagem bem definida, articulada segundo os melhores critérios de satisfação dos valores noticiosos
2) Determinar os media mais apropriados
3) Reunir o máximo de informação útil quanto possível; sucesso/aceitação
4) Prever ou neutralizar as reacções dos adversários

Em "A organização da fonte em situações de rotina de crise" (1984), Stephen Hess analisa as assessorias de imprensa e define as suas estratégias: aplicação da informação positiva e prática.

Para Hess, a crítica que os assessores manipulam as notícias é incorreta, pois a maior parte dos recursos vai para a recolha e pesquisa de informação ou para a satisfação dos jornalistas. Um dos requisitos mais importantes é saber gerir e dar respostas aos pedidos de informação – parte do tempo é dedicado à estratégia, como se vai agir, como se vai passar a mensagem. Se conseguir comunicar com o seu público sem intermédio dos media consegue mais objectividade, porque os meios de comunicação nunca dizem o que o assessor disse, a estratégia não passa necessariamente pelos media.

O princípio da assessoria é responder a todos, mas como gestão de tempo devemos responder primeiro aos mais importantes e assim sucessivamente. As assessorias de imprensa criam a informação ordenada que é diferente de informação controlada, mais uma vez por causa da gestão do tempo e de “espaço” nos media. Deve-se controlar, gerir a informação para conseguir os objectivos da mensagem que se quer passar.

Ex. os passos para a apresentação de uma obra ou edifico: ideia – concurso de ideias – apresentação do projecto – lançamento da primeira pedra – concurso da empreitada – início da obra – visitas à obra – inauguração.

VILLAFAÑE – 1987, ESPANHA

As notícias provêm da seguinte ordem de importância:

*Agenda/rotina;
*Ligadas a Governos;
*Agências noticiosas;
*Outras entidades.


Apresenta um conceito ambíguo de fonte informativa:

*Pessoa;
*Lugar;
*Documento;
*Meios de Comunicação Social;
*Instituição


Chamam fontes habituais de informação ao assessor porque são fontes regulares, também chamadas de estáveis.

Chamam fontes interessantes a pessoas ou instituições relevantes. Abandona a ideia do jornalista recorrer a agências para dar lugar aos intermediários que fornecem e trocam a informação mantendo a redacção ocupada.

ERICSON – “NEGOCIATION CONTROL”, 1989, CANADÁ

Procura perceber a diferença na identificação das fontes. A fonte exerce controle de informação quando selecciona a audiência, quando escolhe o meio de comunicação. As instituições ou fontes permitem aos jornalistas uma abertura que é contrária, “falsa”, porque acima de tudo querem é mantê-los aparentemente ocupados e próximos, controlando a informação através desse acesso controlado à informação.

Ele constrói uma forma de fazer a “abertura” aos jornalistas:

*Segredo (ausência absoluta de informação);
*Confidencial (já aparece alguma informação) – controlada;
*Censura (a informação) – apresenta uma abertura aparente, mas procura esconder os aspectos negativos;
*Publicitação (visibilidade através da publicitação positiva)


A fonte procura criar laços de confiança na busca de controlo e a proximidade facilita. Gerir informação não se limita ao segredo e censura, mas sim à forma como passar informação positiva e torná-la pública.

GUREVICH – 1982, EUA

A ambiguidade do conceito de fonte é criado por ele. Também cria a visão da instituição/grupo/organização como fonte.

Se a fonte é individual é avaliada pela noticiabilidade, se for grupo é pela autoridade e credibilidade.

*Individualmente: relacionado com a capacidade de o assessor fornecer informação noticiável

*Grupo: a credibilidade do partido/organização – mais uma vez leva à hierarquia das fontes.

O valor-notícia é distorcido de acordo com as fontes, o seu valor com a sua credibilidade. Também tem a ver com a capacidade de “vender” a mensagem a quem interessa, a quem é mais poderoso, mais influente.

CURRAN – 1996, LONDRES

Fala das pressões na produção jornalística em que as notícias são resultado do trabalho jornalístico nos recursos e políticas de gestão das empresas. Uma simples decisão sobre a locação do pessoal pode afectar a forma como a mensagem é passada. Aponta a pressão que os meios de comunicação social sentem dentro da própria redação (acima de tudo publicitária).

Repercussões que o poder exerce sobre os media:

1) Restrição à entrada no mercado (barreiras ideológicas dos grupos dominantes);
2) Concentração da propriedade dos meios de comunicação social;
3) Concentração dos meios e recursos dos jornalistas;
4) Pressões do mercado;
5) Peso econômico do grupo;
6) Censura à informação que agride as organizações que publicitam;
7) Rotinas e valores noticia que excluem fontes pouco influentes;
8) Convenções estéticas que tornam o indivíduo como “centro do mundo”;
9) Divisão desigual dos recursos;
10) Pressões dos grupos de poder do Estado.


MANNING – “SOURCES AND NEW SOURCES”, 2001, LONDRES

Paradoxo – as fontes profissionais têm muito poder, mas não conseguem impedir fugas de informação negativa do interior da sua organização. Apresenta a comunicação social como modelo de mobilização social – capacidade de gerar interesse público combatendo a apatia social. Por isso, os jornalistas estão numa posição “mesolevel” que lhes permite com facilidade influenciar a opinião pública.

Ele apresenta quatro problemas e perigos na sociedade capitalista:

1) Spindoctors (carga negativa que está a desaparecer)
2) Rotina estratificada (adaptada e apoiada nas novas tecnologias)
3) Fragmentação de acontecimentos (vários canais dos media e donos dos media que pioram o produto jornalístico porque o fragmentam de mais)
4) Concentração dos meios de comunicação social


Manning chega à conclusão de que as fontes não oficiais (como ONGs e sindicatos) cada vez mais entram nos meios de comunicação social porque passaram a usar as mesmas ferramentas das fontes oficiais. Os gabinetes de imprensa e os assessores mostram como tudo mudou, evoluiu desde Sigal.

Fonte: "http://pt.wikipedia.org/wiki/Fonte_(jornalismo)"

sexta-feira, 20 de março de 2009

Como fazer uma pauta...

A pauta é um dos itens principais do jornalismo. É a partir dela que o jornalista/repórter irá a campo buscar informações, apurar e iniciar a construção da reportagem. A pauta é a orientação do repórter e, por isso, deve ser muito bem feita.

A professora Joanita Mota Ataíde, da Universidade Federal do Maranhão, fez um resumo de definições sobre “pauta jornalística”:
1- Segundo Clóvis Rossi
DEFINIÇÃO: Instrumento de orientação para os repórteres e de informação para as chefias.
DISTORÇÕES:
1ª) Por ser elaborada principalmente em função do que os próprios jornais publicam, o que gera um círculo vicioso, pelo qual os jornais se alimentam;
2ª) No geral, reflete refletem a idealização das pessoas que permanecem nas redações e não daquelas que estão em contato direto com os fatos ou das pessoas geradoras das notícias;
3ª) É elaborada hoje, nos grandes jornais, por um pequeno grupo de profissionais.
4ª) Condiciona o repórter a obedecer aos quesitos previstos ou pedidos pelo pauteiro. - Pode ser contornada tal situação?
FORMA E CONTEÚDO: extensa, minuciosa, quase uma receita completa de como cada repórter deve fazer sua reportagem (indicações do que o repórter deve fazer, as pessoas que deve ouvir, que perguntas fazer).

2- Segundo Luiz Amaral
DEFINIÇÃO: ‘’...uma previsão dos acontecimentos que se desenrolarão no dia seguinte.’’

3- Segundo José Marques de Melo
DEFINIÇÃO: ‘’... roteiro destinado à pré-seleção das informações a serem publicadas.’’
CONTEÚDO: elenco de temas ou assuntos
indicação de ângulos através dos quais os acontecimentos devem ser observados e relatados.

4- Segundo Luciano de Moraes
CONTEÚDO: Ligeiro resumo do que constitui o objeto da matéria; roteiro das questões básicas; o enfoque pretendido sobre determinado assunto; dicas sobre aspectos desconhecidos ou interessantes do tema; questionamento dos pontos que são o objeto da reportagem.
LINGUAGEM: Crítica, irônica, instigante, brincalhona, dura na colocação dos pontos a serem questionados.
OBJETIVO: (um dos principais): Vender a matéria, estimular o repórter e/ou a chefia, espicaçando o espírito crítico de quem vai fazer a reportagem.

Já o site Focas na área traz um texto interessante sobre pauta e no final traça um “roteiro” dos itens fundamentais de uma pauta.

A pauta tem por objetivo oferecer o maior número de informações para o repórter que irá fazer a matéria. Como todos sabem, o repórter muitas vezes chega na redação para pegar as pautas e precisa sair correndo para produzir várias matérias. Assim, tendo em mãos uma pauta bem elaborada não terá dificuldades de produzir uma boa matéria.

A Pauta se constitui num dos grandes problemas para os estudantes de Jornalismo, às vezes até para profissionais tarimbados. Imagina-se que, pelo que posso observar no mercado, fazer uma Pauta nada mais é do que "CHUPAR" notícia de Jornal. Outros veículos como as televisões, as revistas e mais recentemente a internet, com todas as suas falhas, também entram na "CHUPANÇA". E isso não é verdade.

A CRIATIVIDADE do Repórter acaba sendo jogada no lixo por preguiça, falta de orientação ou má-fé, no duro. Saiba você que os outros veículos servem para uma reflexão do Repórter sobre tudo aquilo que está acontecendo no planeta - nada mais.

A Pauta tem que ter as características do veículo: texto claro, objetivo, curto, direto, conciso e sem informações óbvias. O profissional responsável pela Pauta precisa pensar numa abordagem diferente de um assunto que pode mudar o dia do cidadão.


Uma boa pauta deve ter, no mínimo:

1 - Um resumo dos acontecimentos (idéias) que são objeto da Reportagem.
2 - O que o Repórter terá que conseguir, ou seja, o que interessa ao Ouvinte.
3 - Como a emissora vai se posicionar em relação ao assunto.
4 - Fornecer todos os dados necessários para o Repórter: nome, cargo ou função das pessoas que serão entrevistadas, telefones, hora da entrevista, local, e-mail- sempre fornecer mais de uma fonte.

Lembre-se de uma coisa, a Pauta é o ponto de partida de uma boa Reportagem, nunca o meio ou o fim. Tudo o que foi planejado previamente na Pauta pode ser "derrubado" pelo Repórter caso outros fatos mais importantes estejam acontecendo.

Vale ressaltar que nem sempre uma Pauta de Jornal, revista ou Tv pode ser adaptada sem prejuízos ao Rádio. Procure elaborar o material de acordo com as características do veículo - pense na prestação de serviços, na sessão da Câmara, na visita do Presidente.

Por último: uma boa Pauta deve ter no máximo dez linhas, de preferência com texto manchetado, para facilitar a vida do Repórter.

A sugestão de Pauta apresentada aqui não serve para programas jornalísticos (produção), apenas para Reportagem.

Atenção: como o Pauteiro já se tornou uma peça rara nas Redações, o Repórter é o próprio Pauteiro.

As pautas devem conter os seguintes itens:

1) Cabeçalho: Onde devem estar contidos o nome do redator, a data em que foi elaborada a pauta, a retranca (duas palavras que indiquem o tema da pauta) e a fonte (de onde foram tiradas as informações para a pauta).

2) Tema: Sobre o que se trata a pauta.

3) Histórico/Sinopse: Você deverá escrever em poucas linhas (média de 15 linhas) em linguagem radiofônica um resumo dos fatos que levaram esse tema a se justificar como assunto de uma pauta jornalística. Esse material é muito importante para situar o repórter e porque poderá ser utilizado por ele para o lide e/ou cabeça da matéria. Para reportagens especiais pode-se inserir mais informação.

4) Enfoque/Encaminhamento: Qual será o direcionamento a ser dado na matéria, ou seja, com base no histórico exatamente o que o pauteiro quer que seja desenvolvido pelo repórter. Indique para o repórter. Este item é que irá definir as suas sugestões de perguntas.

5) Fontes: Para se obter as informações sobre o tema da matéria é fundamental que o pauteiro apresente as fontes para a reportagem, ou seja, as pessoas que serão entrevistadas pelo repórter. Nesse caso, além do nome e do cargo/função da pessoa, deve constar na pauta o endereço e todos os telefones possíveis para contato.

6) Sugestões de perguntas: Como o nome já dia são sugestões a serem seguidas pelo repórter. Mas lembre-se uma pauta não é uma camisa de força. O repórter tem toda liberdade de questionar o entrevistado sobre outras questões que considerar importante naquele momento.

7) Anexos: Caso o pauteiro tenha feito alguma pesquisa ou possua recorte de jornal/revista ou texto retirado da internet poderá anexar na pauta.

A wikipédia ressalta que apesar de ser detalhada e repleta de orientações editoriais, a pauta não é rígida: o repórter pode modificar abordagens, sugerir outros entrevistados e até mudar completamente a natureza da reportagem que irá produzir levando em conta os acontecimentos factuais que presenciar depois de sair da redação em busca da notícia.

Formação da pauta
Dependendo do veículo de informação, a pauta pode ser elaborada de forma diferente, mas, em sua essência, constitui de cinco pontos. Uma pauta geralmente é montada seguindo os seguintes tópicos:

Histórico
O histórico é o que situa o repórter no cenário da reportagem a ser desenvolvida. Antes de abordar o assunto, esta parte da pauta trata do que o assunto é e o que foi. Se a pauta tratar de algum evento em uma determinada guerra, o histórico informa o repórter da guerra em si, de suas causas, como começou e quando, até o presente próximo. Esta informação pode ser ao repórter dada no início para orientá-lo na apuração mas, no texto, em geral vem no fim ou em separado (num "box", se for em mídia impressa, ou "pé" da matéria, se for rádio ou TV).

Matéria
Nesta seção, o encarregado de confeccionar a PAUTA fala exatamente do que o repórter irá tratar. Se a pauta tratar de algum acontecimento em uma guerra, a matéria é o acontecimento. Uma explosão, um ataque, um atentado.

Abordagem
É o que marca a individualidade da matéria. Dois jornais podem falar sobre o mesmo assunto, só que sob abordagens diferentes. Ainda no exemplo do acontecimento numa guerra, o repórter pode abordar uma explosão como um feito de represália dos povos ocupados. Já outro jornal pode abordar o fato como um acidente.

Fontes
Nesta seção são sugeridas pessoas com quem o repórter poderá falar para enriquecer sua reportagem. Vão desde fontes oficiais, como prefeitos e vereadores, até fontes independentes, como advogados ou executivos, até povo-fala, onde populares são indicados à dar sua opinião sobre o assunto. É conveniente que se coloque telefones, emails e outros meios de contato com as fontes, para que informações possam ser checadas mais tarde, durante a edição da matéria jornalística.

Imagens
Se tratar-se de uma pauta de telejornal, nesta seção o cinegrafista tem orientações do que mostrar e sob qual ângulo. Se tratar-se de uma pauta de jornal impresso, esta seção informa o fotógrafo sobre o que fotografar e como.

Pauteiro
No jornalismo, chama-se de pauteiro o profissional que, dentro de uma redação, tem a função de decidir o que será noticiado. Cabe a ele elaborar a pauta do dia, isto é, os assuntos que os repórteres deverão sair para apurar (investigar). O pauteiro geralmente à redação chega mais cedo que os demais colegas (às vezes de madrugada) e seleciona, desenvolve e planeja as coberturas que serão atribuídas a cada repórter ou redator.

Comumente, um pauteiro recebe telefonemas, e-mails e cartas do público dando sugestões de pauta.

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Quanto à pauta para o jornalismo on-line, encontramos o seguinte texto:

A pauta deve contemplar as especificidades da comunicação na Internet sem deixar de lado as exigências da pauta jornalística tradicional.
Toda pauta é um planejamento da produção da matéria. No caso da notícia para a internet, é preciso prever como será a utilização dos aspectos característicos desta tecnologia, tais como a construção hipertextual do conteúdo, os recursos multimídia utilizados e as oportunidades de interação oferecidas ao público.
Desta forma, a jornalista Luciana Moherdaui, no livro “Guia de Estilo Web” propõe um modelo de pauta capaz de planejar também a produção e publicação deste elementos.Sengundo a autora a pauta tradicional seria composta por:

1. Tema e questão central – a proposta da pauta;

2. Encaminhamento;

3. Roteiro de perguntas a serem respondidas;

4. Itens relevantes a serem abordados;

5. Perfis ou pontos de vista contemplados;

6. Histórico e informações adicionais;

7. Elenco de fontes a serem utilizadas;

Note que os itens de 3 a 6 podem servir para prever como ficará a estrutura hipertextual da matéria, visto que cada elemento pode ser publicado em um bloco de informações em separado.
Mas a pauta para a internet exige outro tipo de definições, por exemplo aquelas relativas à produção e disponibilização de informação multimídia:

8. Que recursos multimídia serão utilizados? Os arquivos em audio captados pelo jornalista ficaram disponíveis juntamente ou não com uma transcrição, ou uma lista de destaques da entrevista. E as fotos, e vídeos…

9. Serão criados mapas interativos ou infografias em geral? Neste caso trata-se de um processo mais complicado e que foge à autonomia do jornalista, é necessário mobilizar profissionais e recursos caros, enfim um esforço de produção muito maior.

Outro aspecto que não pode faltar é a construção hipertextual:

10. Chamada de capa + links internos e externos.

11. Notícias relacionadas e anteriores.

Pode causar surpresa que a chamada apareça tão cedo e sem a interferência do editor, mas a proposta se justifica quando se considera a importância de estruturar o conteúdo em hipertexto, do qual a chamada é o elemento de entrada. Por esta razão pensar a estrutura implica pelo menos uma proposta para este primeiro elemento.

Por fim não poderia faltar:

12. Interação com o público; será disponibilizada enquete, link para bate-papos, foruns de pergunstas…

Em resumo, a pauta para o meio digital corresponde a uma adaptação da pauta tradicional às especificidades da hipermedia.

Veja um quadro resumo:

1. Tema e questão central ou proposta da pauta;

2. Encaminhamento;

3. Roteiro de perguntas a serem respondidas;

4. Itens relevantes a serem abordados;

5. Perfis ou pontos de vista contemplados;

6. Histórico e informações adicionais;

7. Elenco de fontes a serem utilizadas;

8. Que recursos multimídia serão utilizados? Os arquivos em audio captados pelo jornalista ficaram disponíveis juntamente ou não com uma transcrição, ou uma lista de destaques da entrevista. E as fotos, e vídeos…

9. Serão criados mapas interativos ou infografias em geral? Neste caso trata-se de um processo mais complicado e que foge à autonomia do jornalista, é necessário mobilizar profissionais e recursos caros, enfim um esforço de produção muito maior;

10. Chamada de capa + links internos e externos;

11. Notícias relacionadas e anteriores.

12. Interação com o público; será disponibilizada enquete, link para bate-papos, foruns de pergunstas…


Com base no livro: MOHERDAUI, Luciana . Guia de Estilo Web - Produção e Edição de Notícias On-Line. 3. ed. São Paulo: Senac, 2007.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Saúde e meio-ambiente

Olá, turma!!!

Bem-vindos à etapa prática.

Vamos definir nossa revista para o semestre e nossa pauta.

Para isso, juntem-se em duplas, tracem o perfil do público, objetivos da publicação, linguagem, formato, periodicidade, nome da revista, possíveis anunciantes etc. Não se esqueçam que o tema é saúde e meio ambiente, certo?

Postem nos comentários desta mensagem as considerações feitas pela dupla e assinem!

beijinhos e mãos no teclado!

Solange


p.s. no segundo momento, pesquisem na internet sites e revistas sobre o tema e coloquem, também, nos comentários da postagem - sugestão de pauta - os resultados da pesquisa feitos por vocês.

sábado, 7 de março de 2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

Atividade: visitando uma banca

Registra a wikipédia que as bancas de jornal e os jornaleiros são a última etapa da cadeia de produção e distribuição dos produtos de jornalismo impresso e editoriais.
Nas grandes cidades brasileiras, as bancas são quiosques de venda de publicações periódicas, instaladas em pontos estratégicos como esquinas e avenidas de grande movimento.
Nos EUA, por outro lado, a maior parte dos jornais é vendida em máquinas automáticas acionadas com moedas. Em alguns outros países, os jornais e revistas são vendidos em livrarias, tabacarias, charutarias, bombonieres e outras lojas específicas.


Os jornaleiros (ou gazeteiros), que vendem exemplares avulsos na rua, costumam trabalhar pelo sistema de consignação, recebendo comissão percentual ao valor de cada jornal ou revista vendido e devolvendo à distribuidora ou editora os exemplares não vendidos ("encalhados").

Os produtos mais comumente vendidos em bancas de jornal são, entre outros:

jornais - revistas - revistas de histórias em quadrinhos ou gibis - álbuns de figurinhas e seus respectivos cromos colecionáveis

Recentemente, a estratégia de marketing das editoras e jornais tem incluído a comercialização conjunta de produtos de valor agregado e colecionáveis — como CDs e DVDs, ou até mesmo atlas e enciclopédias encartados em fascículos —, que vêm incluídos no preço da publicação ou que podem ser adquiridos opcionalmente por um custo adicional. Em certos casos, a receita da venda destes produtos não vai para o jornaleiro, e sim para a editora.


Bancas de jornal também costumam vender outros artigos de pequeno valor não-relacionados a publicações, como isqueiros, cigarros, cartões telefônicos e pilhas.


Uma tendência que vem crescendo na Europa e em outros países do Primeiro Mundo é a distribuição gratuita de jornais, em metrôs e supermercados. Estes jornais são mantidos exclusivamente pela receita publicitária, em lugar da venda. Nestes casos, as bancas são dispensáveis para a circulação, o que às vezes atrai a antipatia por parte dos jornaleiros contra estas publicações.


Além das bancas de jornal, as publicações editoriais ou periódicas têm como alternativa para distribuição também os sistemas de assinatura ou subscrição.


No Brasil, o Dia do Jornaleiro é instituído no dia 15 de novembro.
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Exercício proposto:
Visite uma banca de jornais/revistas e faça uma "pesquisa-experiência" nela.
Aguce a curiosidade e veja quais publicações estão em detaque, converse com o jornaleiro e saiba das revistas mais procuradas, investigue o tipo de leitor/consumidor que frequenta o estabelecimento, vivencie esta visita e narre aqui (nos comentários) sua experiência.
Diga os pontos que mais lhe chamaram à atenção durante a pesquisa e o por quê.
Não se esqueça de assinar a postagem.
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Prazo: Sexta-feira 06/03/2009 - atividade avaliativa
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